terça-feira, 9 de abril de 2013

UE, Cameron e o Intergovernamentalismo


David Cameron tenta vender os seus pontos de vista sobre a UE

8 abril 2013Presseurop Gazeta Wyborcza, The Daily Telegraph, Le Monde & 3 outros

Gazeta Wyborcza, 8 abril 2013

“Cada um por si”, escreve, na primeira página, o Gazeta Wyborcza, resumindo a visão que o primeiro-ministro britânico, David Cameron, tem da UE e que este definiu numa entrevista concedida a cinco jornais diários europeus: Le Monde, El Mundo, Il Sole 24 Ore, Süddeutsche Zeitung e Gazeta Wyborcza.

No entender de Cameron, a UE deve mostrar-se mais "aberta e flexível", face à concorrência de potências emergentes como a China, a Índia e a Malásia. Este diário de Varsóvia salienta que

a palavra “flexível” surgiu várias vezes, ao longo da conversa. Tem a ver com a visão segundo a qual, “na Europa, nem toda a gente faz as mesmas coisas, ao mesmo tempo”. Hoje, explica Cameron, o Reino Unido continua fora do espaço Schengen e a Polónia e a Suécia estão fora da zona euro.

O GW escreve que o discurso de Cameron, pronunciado em janeiro e no qual defendeu a reforma da UE, suscitou entre os políticos europeus o receio de que outros países possam começar a escolher determinados elementos da adesão à UE, prejudicando assim a União.

Para Christopher Hope, correspondente político principal do jornal The Daily Telegraph, a entrevista de Cameron transmite a sensação de ser um “pedido de desculpas” e, por outro lado, o seu desejo de que o seu discurso silenciasse alguns eurocéticos, em especial o dos do Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), o que não se concretizou.

O facto de, menos de três meses depois, Cameron ter tido de repetir tudo de novo [a sua estratégia de reforma da UE], em cinco línguas, mostra que o discurso de Bloomberg falhou e não se pode dizer que a ascensão do UKIP tenha abrandado.

Disponível em: http://www.presseurop.eu/pt/content/news-brief/3646291-david-cameron-tenta-vender-os-seus-pontos-de-vista-sobre-ue
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Pressupostos Intergovernamentalismo:

A visão do primeiro ministro britânico em relação a União Europeia tem criado discussões em relação a integração do bloco. Segundo o jornal Gazeta Wyborcza o discurso feito por Cameron criou um receio de que outros países  queiram adotar certas decisões em relação a União Europeia e acabem prejudicando a integração do bloco. A opinião dentro da Inglaterra sobre a continuação do país no bloco e a proposta de Cameron de realizar o referendo sobre a saída da UE também gera incertezas sobre o futuro das decisões da Inglaterra em relação a UE.

De acordo com a teoria intergovernamentalista as pressões domésticas, grupos sociais e a elite política podem influenciar na formação da política internacional dos Estados. Assim os grupos domésticos tem capacidade de formar as preferencias nacionais fazendo valer seus interesses na política externa do país.

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