David Cameron
tenta vender os seus pontos de vista sobre a UE
8 abril 2013Presseurop Gazeta Wyborcza, The Daily
Telegraph, Le Monde & 3 outros
Gazeta Wyborcza, 8 abril 2013
“Cada um por si”, escreve, na primeira página, o
Gazeta Wyborcza, resumindo a visão que o primeiro-ministro britânico, David
Cameron, tem da UE e que este definiu numa entrevista concedida a cinco jornais
diários europeus: Le Monde, El Mundo, Il Sole 24 Ore, Süddeutsche Zeitung e
Gazeta Wyborcza.
No entender de Cameron, a UE deve mostrar-se mais
"aberta e flexível", face à concorrência de potências emergentes como
a China, a Índia e a Malásia. Este diário de Varsóvia salienta que
a palavra “flexível” surgiu várias vezes, ao longo
da conversa. Tem a ver com a visão segundo a qual, “na Europa, nem toda a gente
faz as mesmas coisas, ao mesmo tempo”. Hoje, explica Cameron, o Reino Unido
continua fora do espaço Schengen e a Polónia e a Suécia estão fora da zona
euro.
O GW escreve que o discurso de Cameron, pronunciado
em janeiro e no qual defendeu a reforma da UE, suscitou entre os políticos
europeus o receio de que outros países possam começar a escolher determinados
elementos da adesão à UE, prejudicando assim a União.
Para Christopher Hope, correspondente político
principal do jornal The Daily Telegraph, a entrevista de Cameron transmite a
sensação de ser um “pedido de desculpas” e, por outro lado, o seu desejo de que
o seu discurso silenciasse alguns eurocéticos, em especial o dos do Partido da
Independência do Reino Unido (UKIP), o que não se concretizou.
O facto de, menos de três meses depois, Cameron ter
tido de repetir tudo de novo [a sua estratégia de reforma da UE], em cinco
línguas, mostra que o discurso de Bloomberg falhou e não se pode dizer que a
ascensão do UKIP tenha abrandado.
Disponível
em: http://www.presseurop.eu/pt/content/news-brief/3646291-david-cameron-tenta-vender-os-seus-pontos-de-vista-sobre-ue
Pressupostos Intergovernamentalismo:
A visão do primeiro ministro britânico em relação a
União Europeia tem criado discussões em relação a integração do bloco. Segundo
o jornal Gazeta Wyborcza o discurso feito por Cameron criou um receio de que
outros países queiram adotar certas
decisões em relação a União Europeia e acabem prejudicando a integração do
bloco. A opinião dentro da Inglaterra sobre a continuação do país no bloco e a
proposta de Cameron de realizar o referendo sobre a saída da UE também gera
incertezas sobre o futuro das decisões da Inglaterra em relação a UE.
De acordo com a teoria intergovernamentalista as
pressões domésticas, grupos sociais e a elite política podem influenciar na
formação da política internacional dos Estados. Assim os grupos domésticos tem
capacidade de formar as preferencias nacionais fazendo valer seus interesses na
política externa do país.
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