09/04/2013 - 20h07
Unasul
enviará missão de acompanhamento das eleições venezuelanas
RENATA
AGOSTINI
DE
BRASÍLIA
A Unasul (União das Nações Sul-Americanas),
organização composta pelos 12 países da América do Sul, enviará uma missão de
acompanhamento eleitoral à Venezuela esta semana.
Do lado brasileiro, participará o ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) José Dias Toffoli.
A informação foi dada pelo ministro das Relações
Exteriores, Antonio Patriota, nesta terça-feira (9) antes de encontro com o
ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Elías José Jaua.
Segundo o Itamaraty, a missão é importante para que
se verifique o andamento do pleito e para que não ocorram questionamentos
futuros do resultado da eleição, que ocorrerá neste domingo (14).
"Tenho certeza que o processo político vai
acontecer em paz e serão respeitados os resultados. A aposta do nosso governo é
pela paz, pela democracia, pelo respeito à decisão do povo venezuelano",
afirmou o ministro Elías Jaua que veio ao Brasil para acompanhar a apresentação
da Orquestra Sinfônica Simón Bolívar no Teatro Nacional de Brasília.
A Unasul também acompanhará as eleições no
Paraguai, que acontecerão na semana seguinte, dia 21 de abril.
O resultado do pleito, segundo Patriota, abrirá
caminho para a reintegração do país à Unasul e ao Mercosul, dos quais está
suspenso desde junho do ano passado após o processo de impeachment do então
presidente Fernando Lugo.
PARCERIA
Antes do encontro com o ministro Patriota, o
chanceler venezuelano esteve com a presidente Dilma Rousseff em encontro no
Palácio do Planalto, juntamente com o maestro Gustavo Dudamel, regente da
Orquestra Sinfônica Simón Bolívar, que reúne jovens músicos.
Segundo Patriota, a presidente mostrou-se simpática
a ideia de um projeto de cooperação binacional com a participação de músicos
brasileiros e venezuelanos.
***
Dentro da teoria construtivista,
a caracterização de uma identidade e de valores comuns, pode ser comparado ao
fato de a Unasul enviar representantes para as eleições na Venezuela, para
garantir que seus interesses e as construções sociais a partir deste pleito
sejam benéficas à integração enquanto um bloco. Dessa maneira, entender como
funcionam essas eleições, podem favorecer para tal construção de identidade
entre os atores e consequentemente, os interesses e as ações de cada um dos
Estados em relação aos demais. Ainda assim, a presença de autoridades no pleito
pode gerar uma fusão entre agentes e estruturas, de modo que normas criam
comportamentos e consequentemente novas normas e assim, consegue-se estabelecer
a ordem, uma identidade comum e consequentemente a integração se torna
possível.
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